sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ondas


Às vezes me pego revirando o passado. Coisas boas. Coisas ruins. Mas não apenas com aquela súbita vontade de remoer o passado, e sim com uma vontade de acabar algo que eu deixei inacabado. E o que seria? Não sei.
Se eu pudesse ao menos descobrir o que! Ao mesmo tempo em que quero descobrir, também tenho medo, talvez porque eu já saiba, está de frente aos meus olhos, mas eu não quero enxergar. E ainda há um medo maior, será que existe apenas uma coisa inacabada ou seriam várias?
Passado, passado, porque apenas não passas? Porque insistes em voltar em forma de ondas e tocar a margem? Cada toque na margem deve ser contido para que não se torne devastador.
        A melhor maneira é continuar tentando soprar um vento de encontro às ondas para que elas desmanchem e não voltem. Tentar fincar o pé no presente e prender bem o laço no futuro.

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